domingo, 29 de maio de 2011
"No entanto, gostaria de recordar que ir mais longe que os pais, distinguir-se deles, nunca foi tarefa fácil. Esse fato pode ser encarado como uma traição, um assassinato simbólico. Freud observou isso ao analisar o sentimento de culpa que acompanha o êxito: 'É como se o principal, no êxito, fosse ir mais longe que o pai, e como se fosse sempre interdito que o pai fosse superado'. É o que o sociólogo Pierre Bourdieu também nota, ao observar o dilaceramento que nasce da experiência do êxito vivido como uma transgressão: 'Quanto mais êxito você tem, mais você fracassa, mais você mata seu pai, mais você se separa dos seus'". Retirado de Os jovens e a leitura, página 120 e 121.
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